
O uso de produtos químicos como coagulantes, floculantes e desinfetantes é crucial para a eficiência do tratamento de água e efluentes. No entanto, um erro na dosagem pode comprometer todo o processo, gerando prejuízos econômicos e riscos ambientais e legais. O equilíbrio é a chave para o sucesso operacional.
O Impacto da Dosagem Errônea
Quando a dosagem é maior do que a necessária, o desperdício de produto eleva os custos operacionais. Além disso, resíduos químicos não reagidos podem ser lançados no meio ambiente, aumentando a toxicidade. O processo de tratamento também é afetado: o excesso de coagulantes ou floculantes gera uma quantidade maior de lodo do que o previsto, sobrecarregando o sistema de desaguamento e aumentando os gastos com destinação. Um exemplo comum é o uso exagerado de coagulantes como PAC ou Polydadmac, que, em vez de melhorar, pode causar turbidez residual e instabilidade no decantador.
Por outro lado, uma dosagem menor que a necessária compromete a eficiência do tratamento, fazendo com que parâmetros essenciais como DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e SST (Sólidos Suspensos Totais) não atinjam os padrões exigidos pela legislação. Essa não conformidade legal pode resultar em multas, sanções ambientais e até a paralisação das atividades. Em indústrias de alimentos, bebidas e papel e celulose, a má qualidade da água tratada impacta diretamente os processos produtivos e a reputação da marca. A subdosagem de polímeros em flotadores de laticínios, por exemplo, pode resultar em arraste de gordura e óleos para as etapas seguintes do processo.
Como Encontrar o Equilíbrio
A dosagem correta não é uma questão de tentativa e erro. Ela deve ser um processo técnico e controlado, baseado em:
- Ensaios de Jar-Test: para ajustes precisos.
- Monitoramento em tempo real: de parâmetros como pH, turbidez e cor.
- Treinamento contínuo: para a equipe de operação.
- Tecnologias de automação e controle: para garantir precisão e consistência.
O uso incorreto de produtos químicos é um risco ambiental, econômico e legal. Empresas que buscam eficiência e sustentabilidade precisam de parceiros confiáveis para garantir soluções técnicas adequadas. É aqui que a Contech atua como uma aliada estratégica, oferecendo produtos de qualidade, suporte técnico especializado e inovação contínua para que sua estação opere com máximo desempenho, sem desperdícios e dentro da legislação.
Autor: Everton Luiz Petronilho
Referências:
- CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 357/2005 – Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.
- Metcalf & Eddy; Tchobanoglous, G.; Burton, F.; Stensel, H. (2014). Wastewater Engineering: Treatment and Resource Recovery. 5ª edição. McGraw-Hill.
- Libânio, M. (2010). Fundamentos de Qualidade e Tratamento de Água. 3ª edição. Editora Átomo.
- Di Bernardo, L.; Dantas, A. D. B. (2005). Métodos e Técnicas de Tratamento de Água. 2 volumes. Rima Editora.
- USEPA – United States Environmental Protection Agency. Wastewater Technology Fact Sheets.
- WHO – World Health Organization (2017). Guidelines for Drinking-water Quality. 4ª edição.